Criptomoedas VS moedas fiduciárias: Qual o futuro do dinheiro?

O conceito de dinheiro tem evoluído ao longo dos séculos, passando por diversas formas e estágios de desenvolvimento. Desde as trocas diretas de bens até a criação das moedas fiduciárias e, mais recentemente, a chegada das criptomoedas, o dinheiro tem desempenhado um papel fundamental nas sociedades humanas. Atualmente, há um debate acalorado sobre o futuro do dinheiro, com muitos se perguntando se as criptomoedas poderão substituir completamente as moedas fiduciárias tradicionais. Neste artigo, exploraremos as características das criptomoedas e das moedas fiduciárias, discutiremos seus pontos fortes e fracos e examinaremos qual poderia ser o futuro desses dois sistemas monetários.

Criptomoedas: uma nova forma de dinheiro

As criptomoedas, como o Bitcoin, Ethereum e muitas outras, são moedas digitais descentralizadas que operam em uma tecnologia conhecida como blockchain. Essas moedas são baseadas em criptografia, o que lhes confere segurança e permite a realização de transações de forma anônima. Uma das principais vantagens das criptomoedas é a eliminação da necessidade de intermediários financeiros, como bancos, para a realização de transações. Além disso, as criptomoedas têm um fornecimento limitado e previsível, o que as torna imunes à inflação descontrolada que pode afetar as moedas fiduciárias.

As criptomoedas também têm o potencial de tornar as transações globais mais rápidas e baratas. Enquanto as transferências internacionais de dinheiro com moedas fiduciárias podem levar dias e envolver taxas significativas, as transações de criptomoedas podem ser realizadas quase instantaneamente e com custos mínimos. Isso poderia ter um impacto transformador no comércio global, facilitando transações transfronteiriças e promovendo a inclusão financeira em áreas onde o acesso a serviços bancários é limitado.


E qual o maior problema das moedas fiduciárias?

Fonte: Calculadora de Inflação do Banco Central – Bacen

Segundo a calculadora de inflação do Banco Central, o brasileiro precisaria de R$ 7,59 para ter o mesmo poder de compra de R$ 1 em 1994.

O problema de impressão excessiva de dinheiro pelo banco central, conhecido como “impressão de massa de dinheiro” ou “emissão monetária descontrolada”, pode causar inflação. A inflação é o aumento geral e persistente dos preços dos bens e serviços em uma economia ao longo do tempo.

Quando o banco central imprime dinheiro em excesso e coloca uma quantidade maior de moeda em circulação, isso aumenta a oferta de dinheiro na economia. Se a quantidade de bens e serviços disponíveis na economia não acompanhar esse aumento na oferta monetária, ocorre um desequilíbrio entre a demanda e a oferta.

Com mais dinheiro em circulação e uma oferta limitada de bens e serviços, a demanda por esses produtos excede a oferta disponível. Como resultado, os preços começam a subir para equilibrar essa discrepância. Essa situação é conhecida como inflação de demanda, na qual o aumento da demanda agregada pressiona os preços para cima.

As moedas fiduciárias também possuem uma infraestrutura financeira estabelecida, com sistemas bancários, regulamentações e proteções ao consumidor que facilitam as transações e oferecem segurança aos usuários, mas mesmo com uma infraestrutura estabelecida, elas possuem inúmeros problemas: A inflação, por exemplo, pode erodir o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Além disso, a dependência de intermediários financeiros pode levar a taxas e custos adicionais, além de restrições no acesso aos serviços financeiros. A centralização do controle também pode permitir abusos de poder por parte das autoridades governamentais, resultando em medidas como controles de capital e confisco de ativos.

Por isso, nós defendemos a economia descentralizada, que capacita a todos a desfrutarem de serviços de forma autônoma, sem a necessidade de intermediários.
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