Bitcoin como reserva de valor: uma proteção contra a inflação no longo prazo

O papel do Bitcoin

A evolução e destaque da moeda primária como reserva de valor é uma das principais narrativas que impulsionam a adoção crescente do BTC. Essa história argumenta que a criptomoeda possui características que a tornam uma forma cada vez mais confiável de proteção contra a inflação no longo prazo.

Escassez digital

O Bitcoin é programado para ter um limite máximo de 21 milhões de unidades. Isso significa que a oferta é finita e não pode ser aumentada arbitrariamente. Ao contrário de moedas tradicionais que podem ser impressas em quantidades ilimitadas no mercado e sistema habituais. A escassez digital do BTC é comparável à escassez de commodities físicas, como o ouro, por exemplo.

Resistência à manipulação

Como uma rede descentralizada e global, a cripto primária é menos suscetível à manipulação política ou financeira. Decisões de política monetária, como impressão de dinheiro, por parte de governos e instituições financeiras, não têm efeito direto no Bitcoin.

Histórico de valorização

Ao longo de sua existência, o Bitcoin demonstrou uma tendência de valorização no longo prazo. Embora seja acompanhado por volatilidade em curtos períodos, ele se mostra muito mais seguro e consistente. Isso tem atraído investidores que buscam diversificação de portfólio e proteção contra a depreciação da moeda fiduciária.

Globalização financeira

O Bitcoin opera 24 horas por dia e 7 dias por semana. É acessível globalmente, em razão disso torna-se uma opção atrativa para pessoas em países com instabilidade econômica ou de moeda. Constantemente as sociedades procuram uma forma de manter valor à medida que suas moedas locais perdem valor.

A inflação no Brasil

Esse é um fenômeno econômico recorrente ao longo de decadas. Refere-se ao aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços em uma economia. Resulta na perda de poder de compra da moeda, já que a mesma quantidade de dinheiro passa a comprar menos produtos/serviços do que antes. O Brasil tem uma história marcada por períodos de inflação elevada e absurda, com taxas, em alguns momentos, chegando a níveis alarmantes, extrapolantes.

As moedas brasileiras

Desvalorização da moeda brasileira desde 1994, fonte: banco central do Brasil

RÉIS foi a moeda oficial do Brasil durante o período colonial até o final do Império. Em 1942, o Brasil adotou o CRUZEIRO (MIL RÉIS) como sua nova moeda, substituindo o réis. Em 1967, foi introduzida a moeda CRUZEIRO NOVO como parte de uma reforma monetária. Em razão das altas taxas de inflação foi introduzido o CRUZADO em 1986 e, logo em seguida, em 1989, o CRUZADO NOVO.

Introdução a criptomoedas: porque as moedas digitais vão revolucionar o mundo

Em 1993 o Brasil adotou um projeto que precederia nossa atual moeda e, trouxe novamente o CRUZEIRO REAL. Finalmente, em 1994, foi lançado o REAL marcando um esforço monetário permanente. Esta é a moeda mais estável de nossa economia, que persiste até hoje.

Porém demonstrando uma grande desvalorização desde a sua crição em 1994

A crise mundial de 2009 e o impacto global

A recessão global do final da primeira decada dos anos 2000, também conhecida como a Crise Financeira Global, teve um impacto profundo nas vidas das pessoas em todo o mundo.

Originada no setor financeiro dos Estados Unidos, essa crise se espalhou rapidamente para outras regiões, resultando em uma desaceleração econômica global significativa.

Desemprego

Uma das consequências mais imediatas da crise foi a perda generalizada de empregos. Empresas enfrentaram dificuldades financeiras e reduziram suas operações.

Demissões em larga escala e muitas pessoas perderam seus empregos ou tiveram suas horas de trabalho reduzidas, levando ao aumento do desemprego.

Aumento da pobreza

Com o grande impacto, perda de empregos e renda, muitas famílias foram empurradas para situações de pobreza, vulnerabilidade social e insegurança financeira.

A dificuldade em encontrar trabalho, a queda no poder de compra e todas as consequências causadas pela bolha do mercado financeiro e imobiliário americano, afetaram a qualidade de vida de muitas pessoas ao redor do mundo.

Crise no setor imobiliário

Cenário de desenvolvimento: a crise e o desemprego depois de 2008

A crise teve suas raízes na bolha imobiliária nos EUA, levando à desvalorização dos imóveis e à incapacidade de muitos proprietários de hipotecas quitarem seus empréstimos.

O resultado foram execuções hipotecárias e um mercado imobiliário deprimido, afetando a riqueza, reservas financeiras das famílias e causando instabilidade habitacional e socioeconômica.

Impacto sobre investimentos

Muitos investidores viram seus portfólios e fundos de investimentos sofrerem perdas substanciais e ruírem devido à queda dos mercados financeiros.

Restrições financeiras e dificuldades

Com bancos e instituições financeiras enfrentando problemas das mais variadas formas, o crédito se tornou mais escasso e extremamente caro para a maioria da população.

O acesso a empréstimos para compras habituais, como carros e casas ficou inviável, além das empresas e negócios que precisavam de capital de giro para suas operações cotidianas e expansão.

Redução do consumo e investimento

Com a incerteza econômica, muitas pessoas e famílias reduziram seu orçamento e, consequentemente, gastos, e adiaram decisões de consumo e investimento.

Todo este efeito manada causou um impacto negativo nas indústrias, o que resultou em uma desaceleração econômica muito ampla e complexa, como não se via há quase um seculo no mundo.

Mudanças nas prioridades financeiras

A crise de 2009 levou uma sociedade em escalas regionais e globais a repensar suas prioridades financeiras. Houve um grande aumento no desejo de economizar mais, reduzir dívidas e criar uma reserva financeira de segurança.

O efeito psicológico

A incerteza econômica e a turbulência financeira tiveram um impacto emocional e psicológico significativo, sem precedentes. A ansiedade e vulnerabilidade em relação ao futuro financeiro e a perda de confiança no sistema financeiro e os mercados econômicos tradicionais foram sentidas e multiplicadas em todo o mundo.

O problema do ouro como reserva de valor

Evolução do ouro comparando com a IBOV

O ouro tem sido tradicionalmente considerado uma reserva de valor, servindo como um ativo seguro em momentos de incerteza econômica e volatilidade nos mercados financeiros.

Custódia e armazenamento

O armazenamento físico do ouro pode ser um desafio. Manter grandes quantidades de ouro seguro e protegido pode ser dispendioso e envolver riscos como roubo, perda ou danos.

Dependência do mercado

O valor do ouro pode ser influenciado pelo sentimento do mercado e pelos fatores que afetam a demanda. Se a confiança nos mercados financeiros for alta, a demanda por ouro pode diminuir.

Liquidez limitada

Em momentos de crise, a demanda por ouro pode aumentar, mas sua liquidez de mercado pode ser um tanto quanto limitada, o que dificulta a venda rápida a preços justos ou oportunos.

Custos de negociação

Comprar e vender ouro físico envolve custos de transação, como taxas de compra e venda, bem como a possibilidade de pagar prêmio sobre o preço à vista do ativo.

Portabilidade e divisibilidade do Bitcoin

A cripto primária é altamente portátil e pode ser transferida eletronicamente para qualquer lugar do mundo. Além disso, pode ser dividida em unidades muito pequenas, o que facilita a compra e a venda de frações.

Acessibilidade global

O BTC é acessível a qualquer pessoa no mundo que tenha uma conexão à internet, independentemente da localização geográfica, poder de acessibilidade e outros fatores.

O que dizem os investidores do mercado tradicional: quais expectativas e perspectivas para as criptomoedas? | Zeroumcripto – Educação Cripto

Este ativo é uma reserva de valor globalmente acessível, eliminando barreiras geográficas e burocráticas tradicionais ao mercado e sistema centralizado, que podem existir para o ouro.

Tecnologia e segurança

O Bitcoin é baseado em criptografia e tecnologia de blockchain, o que lhe confere um alto nível de segurança. A descentralização da rede também o torna resiliente a ataques cibernéticos.

Potencial de crescimento

Como uma tecnologia inovadora e emergente, a criptomoeda e todo seu mercado envolvido tem o potencial de crescimento constante em adoção e reconhecimento de escala mundial.

A tendência deste processo é o aumento de sua demanda e, consequentemente, todas as ações convergentes ao crescimento de sua demanda como reserva de valor.

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